Nem Ricardo, nem Cássio
No 2º turno, somos 16 de novo para
construir
uma Paraíba para os/as trabalhadores/as!!!
Com 100% das urnas apuradas e com o 2º
turno já consolidado entre os candidatos Cássio Cunha Lima (PSDB) e Ricardo
Coutinho (PSB), o PSTU vem a público fazer algumas considerações sobre o atual
processo eleitoral do qual participamos, em seu 1º turno.
Inicialmente, queremos registrar o alto índice
de abstenção e de votos nulos nas eleições deste ano em nosso Estado. Foram
exatos 500.260 eleitores/as que não foram às urnas votar. A burguesia quer
explicar isso por conta de problemas ocorrido com algumas urnas que deram
problemas com o software ou por conta da biometria. Mas é impossível não
relacionar isso com os levantes de junho de 2013. Além disso, mais 192.482
eleitores/as paraibanos/as anularam seu voto. Ou seja, 692,742 paraibanos/as
deram uma demonstração de repúdio ao regime neste 05/10.
Queremos, em primeiro lugar, agradecer
aos/às eleitores/as paraibanos/as que depositaram sua confiança nas
candidaturas do PSTU. Cada um dos 1070 votos dados ao companheiro Zé Maria,
nosso candidato a Presidente, assim como os 2570 votos a Antonio Radical,
candidato a Governador e os 1461 votos dados a Rama Dantas, nossa candidata ao
Senado, são extremamente significativos para um partido como o nosso, que
enfrentou uma campanha eleitoral construída para beneficiar os grandes partidos
que, por sua vez, são financiados pelas grandes empresas que, assim, esperam
por sua recompensa a partir do momento em que estes sejam eleitos. Construímos
uma campanha com poucos recursos financeiros (por conta de uma de uma decisão
política, de só aceitar dinheiro dos/as trabalhadores/as, baseada em um
princípio político de que queremos governar para os/as trabalhadores/as), com
pouquíssimo tempo no guia eleitoral e tendo ainda sido excluído de vários
debates de TV. Por conta de tudo isso, sentimo-nos muito satisfeitos com o resultado
eleitoral obtido por nossos candidatos. Sentimo-nos mais satisfeitos ainda
porque, ao longo desses três meses de campanha, muitas pessoas em várias
localidades da Paraíba, viram nosso partido pela primeira vez e sentiram-se
estimuladas a nos conhecer ainda mais. Isso, para nós, é o mais importante que
fica do processo eleitoral. Queremos, neste momento, convidar todos e todas que
nos conheceram nestas eleições, que nos procurem na nossa sede em João Pessoa
para que possam nos conhecer ainda mais e melhor.
Neste 2º turno, os/as trabalhadores/as da
Paraíba estão em uma encruzilhada: ter que escolher entre a espada e a
guilhotina. Porém, não seremos nós, do PSTU, a afirmar para nossa classe qual
dos dois lados dessa encruzilhada esta deverá optar. A Paraíba continua sendo
um dos Estados com os piores indicadores sociais do país, possuímos mais de 17%
do nosso povo de analfabetos (quase uma
João Pessoa inteira), além de uma taxa
de desindustrialização muito alta. Ao longo dos últimos quatro anos, assistimos
Ricardo Coutinho implantar a precarização no serviço público estadual, ao
promover a terceirização no Hospital de Trauma de João Pessoa às custas de mais
exploração dos servidores daquela unidade de saúde e encher o bolso da Cruz
Vermelha Brasileira; acabou com uma gratificação de mais de 20 anos dos
profissionais da educação estadual que era implantada na aposentadoria da
categoria e, em seu lugar, colocou uma Bolsa Desempenho que, em casos de
atestado médico por 15 dias, no mínimo, o profissional perde esta Bolsa
Desempenho; acabou com o horário corrido dos técnico-administrativos; destruiu
de vez o IPEP; atacou duramente todos os PCCR’s dos servidores, em especial do
Fisco, dos policiais e médicos. Por outro lado, Cássio Cunha Lima em seu
governo arrochou os salários das categorias, que tiveram que promover inúmeras
greves para poder recuperar as perdas salariais, além de melhores condições de
trabalho. Ou seja, nenhum desses senhores tem NADA a oferecer em melhorias para nossa classe no próximo período,
a não ser mais sofrimento e agonia. Irão governar para os mesmos de sempre,
aqueles que continuam lucrando, seja em época de PMDB, PSDB ou agora com o PSB
no com ando do governo do Estado. Se Cássio Cunha Lima representa o coronelismo
eleitoral na política, como corretamente afirmam algumas forças políticas que
atuam nos movimentos sociais, Ricardo Coutinho por sua vez em nada se
diferencia, pois em seu arco de alianças atuam pessoas do naipe de Efraim
Morais, Efraim Filho, Aguinaldo Ribeiro, dentre outros. Mudam as cores
partidárias, mudam os nomes, mas aqueles que lucram são os mesmos. Estes, sim,
têm o que comemorar com a vitória de Cássio ou Ricardo. Estes vão se fartar nos
banquetes ou festas na Granja Santana.
Defenderemos, como sempre defendemos, que
os/as trabalhadores/as procurem o caminho da resistência e da independência de
classe. Ao longo do 1º turno, foi isso que fizemos através da candidatura de
Antonio Radical. Não iremos fazer diferente neste 2º turno. Continuaremos
defendendo a suspensão imediata da dívida pública como forma de resolver os
graves problemas sociais de nosso povo; a suspensão imediata do contrato do
Estado com a Cruz Vermelha Brasileira na gestão do Trauma de João Pessoa;
realização de concursos públicos em todas as áreas do serviço público estadual
como forma de, entre outras coisas, substituir os prestadores de serviço;
reestatização das empresas estatais paraibanas, como Saelpa, Paraiban, Celb e
Setusa, administradas por um Conselho formado por trabalhadores/as e usuários/as
do setor; pagamento do piso salarial do magistério estadual, rumo ao salário do
DIEESE; implantação do PCCR dos policiais; desmilitarização da PM e unificação
das polícias; pagamento efetivo do subsídio dos auditores fiscais do Estado;
implantação de uma Mesa Permanente de Negociação com as entidades do serviço
público estadual, dentre outras propostas.
Como nem Cássio nem Ricardo defendem de
verdade essas propostas, chamamos todas e todos a repetiram o voto no próximo
dia 26/10 e votar 16 de novo para reafirmar o compromisso com uma PARAÍBA PARA OS TRABALHADORES!!!
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